domingo, 28 de fevereiro de 2010

Eco da Ternura

Fecho a janela por onde entravas,
Apago a luz que me deixaste,
Dispo-me do homem forte que tento ser,
Visto-me do calafrio que é ver esse homem cair no chão,
E deito-me no príncipio da saudade...

Já não me mexo mas caminho até a tua porta,
Fecho os olhos e começo a ver-te,
Cubro-me do teu abraço,
Aconchego-me ao teu respirar,
E fica um silêncio que espera até amanhã...

Antes do sonho,
Escorre a lágrima do que fomos,
Arranha-me a cara até que abate-se no chão
E ecoa a ternura
Em todo o (meu) mundo que vibra contigo...

É Sem Querer

É sem querer que olhamos uns para os outros e nos tentámos analisar, tentámos quebrar a desconfiança à volta do estranho desconhecido, para que a nossa própria natureza esquisita nos pareça um bocado mais normal e menos assustadora.

É sem querer que às vezes conseguimos, e a nossa normalidade, que já não era assim tanta, ainda se perde mais um pouco, porque falhámos em compreender.

Falhámos em compreender a diferença. Porque no fundo, vemos o mundo e as pessoas à nossa imagem. Porque queremos. E quando sem querer, descobrimos que somos únicos até nas coisas boas, é um choque, porque não queriamos, ser unicos...

Ser único é ser a excepção, a que não faz parte, o ser sozinho em ser eu.

É o que nos torna especiais, a unicidade.

Então, sou especial também, "especialmente" em ser igual aos outros seres singulares em solidão.

Sorry Little Brother

Today I missed you little one, I missed calling your name, Your help in having another trusty pair of eyes To assess this crazy world W...