Só a ponta do mindinho me mantinha terreno, e eu rodaaaaava e rodaaaaava apenas por esse eixo, uma volta muito leeeeeenta, uma volta !rapidissima!, uma volta muito leeeeeenta, outra volta !rapidissima!
De repente, muito leeeeentamente, assento o dedo ao lado no chão, e outro e outro e todos, a palma do pé, o calcanhar, tenho o pé todo no chão e a sensação de segurança é irrelevante, pouso o outro pé, em câmara lenta, e mal o último tecido da pele do pé toca no chão, SALTO!
ESTOU A CAIR EM QUEDA LIVRE E FAÇO CAMBALHOTAS, COM CARA DE LOUCO, A ARRANCAR CABELOS E ROUPA (quando tocar no chão, o impacto vai ser tão VIOLENTO que vou imediatamente integrar a terra, desmaterializar-me em grão e SANGUE)
ooooooouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuwwwwwwwwwwwwwwwwww
oooouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuwwwwwwwwwwwwwww
ooouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuwwwwwwwwwwwww
oouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuwwwwwwww
!É AGORA!
...
Parei imediatamente antes de colidir num fim que não entendo...
Fico a planar e o meu sopro arrasta o pó que bem podia ser eu.
O que aconteceu? Porque me atirei? Porque é que ainda respiro? Perguntas? Perguntas? Perguntas?
Sinto-me melhor que nunca.
Acordo.
Aperto a minha mão e está lá a tua, a caçar sonhos.
Abraço-te, num agradecimento por me teres salvo a vida.
Adorei, continua a surpreender-me por mais 4 anos =)
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