quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Sorry Little Brother

Today I missed you little one,
I missed calling your name,
Your help in having another trusty pair of eyes
To assess this crazy world

We never had the chance to play games together,
To be kids together,
To be grownups together
I would love to meet another grownup,
I would love to meet you as one

I am glad I didn't watch you going away
I am sorry I wasn't really there for our mom,
She's a great one, you would love her so much,
It's a never-ending smile
Free for anyone paying attention

Oh if I needed your help with dad...
Maybe we could have split his problems and needs
Maybe together we could have been one complete son for him
And a double opportunity for him to learn how to be a parent

Don't take me wrong, we would all have a blast
You would fill right in when I was down,
I would lift you up on my shoulders even if I fell
Our troubled chaos seeking minds
Would sustain each other
In a pressurized and balanced system

We call it life, but you will never know more about it

terça-feira, 14 de abril de 2020

Amor em Quarentena

Almas fechadas, muitas vezes em si próprias
Poem a máscara antes de sair de casa,
Tocam-se em pensamento, têm luvas nas ideias
Estão presas no passeio cíclico
Todos os dias esquecidos de olhar para o céu

No entanto,

Somos livres de nos escolher um ao outro
E escolhemo-nos a cada segundo do dia
Montámos duas casas na nossa,
Que visitámos com prendas e saudade

Regámos cada um dos nossos jardins,
Cada um com o seu bitaite,
Podámos com cuidado aquele canto preferido,
Colhemos apenas tudo o que o outro tem para dar

Infectados no sangue que nos percorre,
Tornamo-nos imunes ao interior
Ao vírus que corroí as mentes
E sabota as gentes
A insegurança, o medo do não saber

Somos doentes juntos,
Hospedeiros de uma crença e vontade
De um amor saudável e incurável
Duma paz dizimadora de atritos

Vamos à varanda homenagear
A luta de andar de mãos dadas
Lavadas por uma corrente continua de história
“Happy Birthday to You, Happy Birthday to You”…

Adoro-te hoje Maria =D




segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Mecânica do Não Ser

Sinto que puxas os lençóis do outro lado do mundo,
Costas gélidas, um arrepio sobe pelos elos da espinha,
Toca o despertador dentro da fronha deste sono profundo,
Banho-me numa realidade onde não és minha

Levanto-me com os eixos desalinhados e parafusos soltos,
Um piscar de olhos vermelhos avisa que algo está errado,
Um zumbido defeituoso nos bocejos tontos,
Desequilibrados e sem lugar, agendados no inesperado

Abro as cortinas entre as grades da distância,
Faço mais um risco na parede sem tecto,
Conto até ao infinito o tempo com ganância,
Enganei-me na língua, já nem sei se o dia está correcto

Vivo o que o programa me ensinou,
Alheio ao papel de o escrever,
Improviso todos os passos pré-calculados,
Calco-me, no engano de o compreender

Metade do corpo ao descoberto,
Total da mente envolvida,
Longe da ideia de não estares perto,
Converto-me a uma vontade introvertida

Inverto o estado de espírito,
Auto motivo a locomoção,
Troco motor pelo coração,
Invisto em emocional com retorno

O corpo da máquina não o sente,
A alma da máquina não o é,
A avaria do dia a dia ninguém repara,
O conserto não se ouve, mas a Ode contínua...

reset, restart, rebuild, relive, redo, remain - until you retire from yourself





domingo, 25 de maio de 2014

És Contraste e Luz

Estava a olhar para uma paisagem e via-a a tirar-te uma fotografia...
Tinhas o Sol atrás, ou eras tu a brilhar...

És agora um papel sensível, a revelar,
Com carinho e cuidado,
Imprimes-te no mundo com cor a vibrar

És uma macro à beleza,
Desejo-te panorâmica,
Num ângulo de 360 minutos,
Descreves a foto que viverei!

Foco, sem jeito
A minha paixão pela tua arte,
Não há filtros a aplicar
Não há poses para te amar...

É só por o temporizador
Correr para a tua beira
Abraçar-te com muita força
E... click!

Ups, fiquei de olhos fechados...

sexta-feira, 29 de março de 2013

Algodão

Hoje tive um sonho... Sonhei que estava num precipicio sobre um precipicio sobre um precipicio e essas ravinas rodavaaaaaaaaam... eeeee... rodavaaaaaam como um tornado caaaaaaaalmo e misterioso.

Só a ponta do mindinho me mantinha terreno, e eu rodaaaaava e rodaaaaava apenas por esse eixo, uma volta muito leeeeeenta, uma volta !rapidissima!, uma volta muito leeeeeenta, outra volta !rapidissima!

De repente, muito leeeeentamente, assento o dedo ao lado no chão, e outro e outro e todos, a palma do pé, o calcanhar, tenho o pé todo no chão e a sensação de segurança é irrelevante, pouso o outro pé, em câmara lenta, e mal o último tecido da pele do pé toca no chão, SALTO!

ESTOU A CAIR EM QUEDA LIVRE E FAÇO CAMBALHOTAS, COM CARA DE LOUCO, A ARRANCAR CABELOS E ROUPA (quando tocar no chão, o impacto vai ser tão VIOLENTO que vou imediatamente integrar a terra, desmaterializar-me em grão e SANGUE)

ooooooouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuwwwwwwwwwwwwwwwwww
oooouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuwwwwwwwwwwwwwww
ooouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuwwwwwwwwwwwww
oouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuwwwwwwww

!É AGORA!
...

Parei imediatamente antes de colidir num fim que não entendo...
Fico a planar e o meu sopro arrasta o pó que bem podia ser eu.
O que aconteceu? Porque me atirei? Porque é que ainda respiro? Perguntas? Perguntas? Perguntas?
Sinto-me melhor que nunca.
Acordo.
Aperto a minha mão e está lá a tua, a caçar sonhos.
Abraço-te, num agradecimento por me teres salvo a vida.



segunda-feira, 14 de maio de 2012

Lecker Letter

Olá Maria,

É a primeira vez que te escrevo, e estou muito entusiasmado!
Normalmente quando as pessoas escrevem cartas pode ser por vários motivos, por saudade, para combinar um encontro, para contarem um pouco da sua vida ou simplesmente mostrarem que se importam e que gostam da pessoa a quem estão a escrever. Ora eu não tenho que escolher nenhum motivo, tenho todos!

E porque não ir exactamente de motivo em motivo?

(Oh) Por saudades:
Saudades é uma palavra que representa muito mal o que eu sinto quando não te tenho por perto.
Ou seja, eu NUNCA tenho saudades tuas. O que acontece é que a minha vida é divida em duas partes distintas: uma é uma névoa, clara, parecida com um túnel do tempo em morfologia, brilhante na mesma por causa do calor que vem da outra ponta. Esta parte chamam-lhe saudade. Eu chamo-lhe esta estupidez que acabei de dizer. A outra parte da minha vida é quando estou contigo, quando o abafo se dissipa e o tempo ganha cor e relevo. Pode-se tocar no tempo contigo, pode-se pegar nele e mudá-lo, pegar nele e torná-lo especial.

Para combinar um encontro:
Não é a melhor das ofertas, mas terça queres vir descansar a minha casa enquanto eu estudo? Dou-te lanchinho à cama, já não é mau de todo =P

Para contar um pouco da sua vida:
Sabes a semana passada fiquei sem telemóvel,  e tu disseste que falar por postais ficava muito caro, mas não se eu te der à mão ou então deixar na caixa de correio directamente!
Por isso cá estou eu, a relatar-te que sou muito feliz contigo, és de facto a minha melhor amiga, a minha companheira e também tão importante, és e serás =)
Normalmente as pessoas falam das suas aventuras, e eu tenho vivido muitas até, mas sabes o que me orgulho de te contar? Que quando estou naquele conforto contigo, no ver um filme, no adormecer, no simplesmente estar, eu adoro e vale-me de um dia cheio de aventuras. No rescaldo de um dia inquieto, somos nossos e para nós. É o melhor de mim, a minha maior novidade sempre.

Simplesmente mostrar que gostam da pessoa a quem estão a escrever:
Não consigo. Perco-me em memórias fantásticas pelo caminho...


p.s: as nossas vidas vão continuar, e da próxima vez que te escrever, nós mesmos vamos ser diferentes.
Mas fica aqui imortalizado que eu acredito que seremos melhores, pois somos ou não somos FUPO?

Muitos e Muitos beijinhos,
Diogo


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Quando se vê o tempo ao contrário

Eu já sei
Como tudo vai acabar
Um fôlego feliz
Não é morte que vai arruinar

Contigo naquela casa de rabiscos,
Com aquele jardim inconcebido,
Onde uma vida partilhámos, naquele sítio incerto
Onde a história conquistámos, sem os livros terem percebido

Eu já sei
Como tudo vai acabar
Uma mão sobre a outra
A beleza de um cliché

Crianças sem nome,
Chamados com carinho,
As nossas pegadas,
Jovens pela nossa terra

Eu não sei
Que dia o de hoje
Onde tudo faz sentido
Onde sei que estou perdido

Eu não sei
Apertar mais o presente
Saborear mais o momento
Contentar, este tempo prepotente


Eu não sei
Como perseguir mais o teu cabelo
Como alegrar mais as tuas feições
Um desgosto, como fazer para te-lo

Em falso desespero, um real apaixonado,
Vibra por desconhecer o amanhã,
Vibra por sentir todos os outros dias...

Pára-se a imagem, em qualquer ponto da dimensão
Dele se vê o movimento,
E mesmo sem fôlego,
Bate-lhe o coração...





Sorry Little Brother

Today I missed you little one, I missed calling your name, Your help in having another trusty pair of eyes To assess this crazy world W...